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  • Tatiane Nunes

Identificado o objeto que cruzou os céus de Campinas e São José dos Campos, interior de São Paulo

Atualizado: 21 de jun. de 2023

No dia 19 de junho de 2023, por volta das 19 horas, diversas pessoas testemunharam a passagem de uma bola de fogo, de origem até então não identificada, que cruzou o céu e deixou todos curiosos. As imagens capturadas por testemunhas mostram um objeto de cor verde azulada, que se fragmentou ao adentrar a alta atmosfera. A ocorrência gerou perguntas e discussões sobre sua origem e natureza.

Imagem por Ricardo Freire

Segundo o Diretor de Inovação e Novos Negócios, Brigadeiro Veterano José Vagner Vital, a Saipher empresa desenvolvedora do Horus (Sistema Holístico de Redução de Risco e Incerteza), cuja finalidade é permitir que operadores de sistemas espaciais civis e militares tenham ferramentas de Consciência Situacional no Ambiente Espacial e no Domínio Espacial de Combate, conseguiu realizar uma identificação. “Após uma investigação mais aprofundada, descobrimos com ajuda de nosso sistema que o objeto em questão provavelmente era o estágio de um foguete denominado Chang Zheng 2C. O Chang Zheng 2C, também conhecido como Longa Marcha 2C. Trata-se de um veículo de lançamento espacial desenvolvido pela China. Este foguete tem sido utilizado para lançar satélites em órbita terrestre baixa, desempenhando um papel importante nas atividades espaciais do país”, afirma.


O Analista de Sistemas Espaciais da Saipher, Matheus Felipe Pacheco dá mais informações sobre o objeto. “Com uma altura de aproximadamente 35 metros e um diâmetro de 3,35 metros, o Chang Zheng 2C é capaz de transportar cargas úteis de até 2 toneladas. Ele é parte da família de foguetes Longa Marcha, desenvolvida pela China Academy of Launch Vehicle Technology (CALT), e tem sido utilizado para diversos propósitos, incluindo comunicações, observação da Terra, pesquisa científica e experimentos tecnológicos. Sua confiabilidade e eficiência o tornam uma importante ferramenta para o programa espacial chinês” explica. De acordo com o analista, neste caso específico, o estágio do foguete perdeu altitude mais rapidamente do que o esperado, resultando em sua reentrada na atmosfera terrestre antes do previsto. “É importante ressaltar que, de acordo com especialistas, essa reentrada não ofereceu perigo e o objeto se desintegrou completamente”, ressalta Matheus.


A ocorrência despertou o interesse de entusiastas da astronomia e cientistas, que viram nesse evento uma oportunidade de estudo. Observar a entrada de objetos espaciais na atmosfera terrestre pode fornecer informações valiosas sobre a composição e a trajetória desses objetos, além de contribuir para o aprimoramento dos sistemas de monitoramento espacial. Matheus considera esses eventos extraordinários reforçam a importância da divulgação científica e do interesse público pela exploração espacial. Segundo ele, a capacidade de registrar e compartilhar esses momentos nos dias de hoje nos aproxima das maravilhas do cosmos, além de estimular a curiosidade e a paixão pela ciência.


O Diretor, Vagner Vital, avalia que à medida que ocorrem avanços no conhecimento e na tecnologia, é fundamental continuar incentivando a pesquisa, o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e a exploração espacial responsável. “Eventos como esse nos lembram que ainda há muito a ser descoberto além dos limites da Terra. Portanto, vamos aproveitar essa oportunidade para refletir sobre as maravilhas do universo e incentivar o interesse pela ciência e pela exploração espacial. Juntos, podemos ampliar nossa compreensão do cosmos e desvendar os mistérios que nos cercam”, completa.

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